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Sinais para diferenciar os sintomas de Alzheimer

Sintomas Iniciais:
- Falta de memória
- Diminuição do tempo de atenção
- Problemas com matemática simples
- Dificuldade em expressar pensamentos
- Humor inconstante, variável e imprevisível
- Menos desejo de fazer as coisas ou de conhecer pessoas

Sintomas Posteriores:
- Grande perda de memória, inclusive de lembrar dos nomes dos membros da família
- Dificuldades para se vestir e para comer
- Mudança de humor e de personalidade
- Explosões de ira, de insatisfação e de desconfiança
- Perda total de julgamento e de concentração
- Incapacidade de completar tarefas caseiras rotineiras
- Perda da habilidade de se ocupar com higiene pessoal
- Complicações variadas


O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que ataca o cérebro e provoca a perda das funções cognitivas, como memória, capacidade de orientação no tempo e/ou espaço e capacidade de planejamento. O problema se inicia com alterações na memória e avança progressivamente até a dependência total do paciente. De acordo com a entidade norte-americana Alzheimer s Association, mais de 5 milhões de pessoas têm Alzheimer em todo o mundo.A doença é muitas vezes negligenciada nas fases iniciais, pois é facilmente confundida com o processo normal de envelhecimento. O problema afeta, normalmente, idosos com mais de 65 anos. Nas primeiras fases, a maioria dos pacientes será capaz de realizar exercícios normalmente, mas enfrentam a dificuldade provocada pelos efeitos da depressão e perda de memória , explica a fisioterapeuta Luciane Galego Almeida, do Hospital Samaritano de São Paulo.

Apesar da doença não ter cura, alguns hábitos simples podem prevenir e retardar o avanço do problema. Segundo o neurologista do Samaritano, Dr. Getúlio Daré Rabello, existem algumas regras para combater o mal de Alzheimer. A prevenção desse mal envolve, além dos cuidados gerais para manter uma boa saúde (controle de pressão arterial , açúcar no sangue, colesterol ), a pratica de esportes, atividades intelectuais, e cuidados redobrados para evitar traumas na cabeça , afirma o especialista. Os exercícios físicos ajudam a melhorar a qualidade de vida e atenuar os efeitos do Alzheimer. Além disso, a prática de atividades aumenta a circulação sanguínea, estimulando todas as funções do organismo.

Saiba como identificar a doença

Com o avançar da idade, alterações na memória são comuns. Porém, os sintomas do Alzheimer vão além do simples esquecimento do dia-a-dia. Portadores da doença têm dificuldade para se comunicar, aprender e raciocinar. Problemas impactam o trabalho e atividades sociais e familiares. A Alzheimer Association desenvolveu um teste para ajudar a diferenciar sinais normais da idade com o mal de Alzheimer. Como a doença é difícil de diagnosticar, é fundamental que pessoas com mais de 60 anos procurem um médico para entender melhor os sintomas. O diagnóstico precoce é chave para uma melhor qualidade de vida e controle da doença.

1. Perda de memória
Esquecer informações aprendidas recentemente é um dos primeiros sintomas da doença. Não se assuste, esquecer nomes e compromissos ocasionalmente é normal. Fique atento caso a pessoa comece a esquecer as coisas com mais freqüência e fique incapaz de relembrar o assunto posteriormente.

2. Dificuldade para realizar atividades rotineiras
Portadores de Alzheimer têm dificuldade para planejar e completar tarefas do dia-a-dia, como preparar uma refeição, fazer uma ligação ou jogar um jogo. Porém, esquecer, ocasionalmente, o que você ia dizer ou o que você ia fazer é normal.

3. Esquecimentos
Pacientes com Alzheimer podem se esquecer de onde estão e de como chegaram até lá. Além disso, perder-se na própria vizinhança ou esquecer o caminho de casa são comuns lapsos comuns entre os portadores da doença.

4. Poder de julgamento e raciocínio abaixo do normal
Vestir-se de forma inapropriada, com várias camadas de roupa em dias quentes ou pouca vestimenta em dias frios. Pacientes mostram pouca capacidade de julgamento, como doar alta soma de dinheiro sem motivo específico.

5. Problemas com pensamento abstrato
Dificuldade acima do comum para realizar raciocínios mentais, como esquecer para que servem os números ou como devem ser usados, é outro sinal do problema. Porém, achar difícil decifrar ou desenvolver uma fórmula matemática é normal.

6. Errar o lugar as coisas
Pessoas com Alzheimer podem errar o lugar de coisas usuais. Por exemplo, colocar o ferro de passar no freezer é um sintoma comum da doença. Entretanto, é normal colocar as chaves do carro ou carteira em lugar estranho de vez em quando.

7. Mudanças de humor e comportamento
Rápida alternância de humor e comportamento também é um sinal de doença. Pacientes mudam de humor muito rápido e sem motivos aparentes. Podem ir de um estado calmo ao depressivo e raivoso em pouco tempo.

8. Transformações de personalidade
A personalidade de pessoas com Alzheimer pode mudar drasticamente. Podem se tornar confusos, desconfiados, medrosos ou dependentes de um membro da família. Entretanto, com o passar dos anos, é normal alguma mudança na personalidade. Fique atento se a transformação for mais severa que o usual.

9. Perda de iniciativa nas atividades
As pessoas com Alzheimer tornam-se muito passivos. Ficam, por exemplo, horas em frente a TV por horas, dormem mais que o normal e, normalmente, não têm disposição para realizar tarefas usuais.

10. Problemas com a linguagem
Esquecer palavras simples, substituir palavras comuns e usuais, dificultar a forma de falar ou escrever pode ser um sinal da doença. Por exemplo, um portador do problema não consegue encontrar a escova de dente e, ao invés de perguntar onde está minha escova de dente? , perguntaria onde está o objeto de limpar a boca?


A evolução da doença está dividida em quatro fases:

Primeira fase

Os primeiros sintomas são muitas vezes falsamente relacionados com o envelhecimento ou com o estresse. Alguns testes neuropsicológicos podem revelar muitas deficiências cognitivas até oito anos antes de se poder diagnosticar o Mal de Alzheimer por inteiro. O sintoma primário mais notável é a perda de memória a curto prazo (dificuldade em lembrar factos aprendidos recentemente); o paciente perde a capacidade de dar atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstrato; pode começar a perder a sua memória semântica. Nessa fase pode ainda ser notada apatia, como um sintoma bastante comum. É também notada uma certa desorientação de tempo e espaço. A pessoa não sabe em que ano está, em que mês, em que dia.

Segunda fase (demência inicial)

Uma pequena parte dos pacientes apresenta dificuldades na linguagem, com as funções principais, percepção (agnosia), ou na execução de movimentos (apraxia), mais marcantes do que a perda de memória. A memória do paciente não é afetada toda da mesma maneira. As memórias mais antigas, a memória semântica e a memória implícita (memória de como fazer as coisas) não são tão afectadas como a memória a curto prazo. Os problemas de linguagem implicam normalmente a diminuição do vocabulário e a maior dificuldade na fala, que levam a um empobrecimento geral da linguagem. Nessa fase, o paciente ainda consegue comunicar ideias básicas. O paciente pode parecer desleixado ao efetuar certas tarefas motoras simples (escrever, vestir-se, etc.), devido a dificuldades de coordenação.

Terceira fase

A degeneração progressiva dificulta a independência. A dificuldade na fala torna-se evidente devido à impossibilidade de se lembrar de vocabulário. Progressivamente, o paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir fazer as mais simples tarefas diárias. Durante essa fase, os problemas de memória pioram e o paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos. A memória de longo prazo vai-se perdendo e alterações de comportamento vão-se agravando. As manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência à caridade. Aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvem ilusões e outros sintomas relacionados. Incontinência urinária pode aparecer.

Quarta fase (terminal)

Durante a última fase do Mal de Alzheimer, o paciente está completamente dependente das pessoas que tomam conta dele. A linguagem está agora reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, acabando, eventualmente, em perda da fala. Apesar da perda da linguagem verbal, os pacientes podem compreender e responder com sinais emocionais. No entanto, a agressividade ainda pode estar presente, e a apatia extrema e o cansaço são resultados bastante comuns. Os pacientes vão acabar por não conseguir desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular e a sua mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama; perdem a capacidade de comer sozinhos. Por fim, vem a morte, que normalmente não é causada pelo Mal de Alzheimer, mas por outro fator externo (pneumonia, por exemplo).

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