Entrevistada: Profª Drª Virgínia Maria Antunes de Jesus
USP - FIRB - WellCom
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Virgínia nos conta um pouquinho sobre sua trajetória pedagógica, como foi o seu processo para se tornar professora, o que a influenciou, o que a inspirou para seguir como docente até os dias de hoje.
Em que ano você começou a cursar o ensino básico, ou primeiro ano primário? Sua história como aluno, influencia sua postura como professor?
Iniciei em 1957. Muito, experiências boas são incorporadas, as negativas, nunca seguidas.
Há quantos anos você leciona? Sua área de docência é de exatas ou de humanas?
Estou na área há 46 anos. Na área de humanas.
Você tem como referência/modelo para a sua prática da docência, algum professor?
Muitos, tive a sorte de ter ótimos professores (em ótimas escolas e todas do governo).
Você estudou pedagogia ou leciona com base em sua expertise técnico-teórica?
Fiz Pedagogia também, apesar de já ter diplomas de Licenciada (com matérias pedagógicas).
Você acha importante o estudo da pedagogia para lecionar no ensino superior?
Muito, a teoria nos ajuda bastante, especialmente a não cometermos alguns erros que só na prática demoraria muito mais para reconhecermos.
A prática da docência exige vocação?
Sim, mas a vocação tem que ser qualificada sempre.
Você atua apenas como docente ou exerce outra atividade.
Tenho uma empresa de Comunicação (Wellcom), onde também exerço a função de professora essencialmente.
Como você vê a pesquisa como elemento de formação universitária profissionalizante?
Desnecessária, pois o importante é o aluno estudar o que lhe é proposto.
Você acha necessário utilizar em sala de aula recursos como tablet, Smartfones, notebooks com programas que promovem maior integração entre aluno e professor?
Acho essencial.
Qual é a identidade do professor, especialmente o universitário?
Ser bem formado, ter bom conteúdo e técnicas para envolver o aluno e despertar nele o prazer do conhecimento.
Nos conte um pouquinho da sua identidade como Professor do Ensino Superior. Qual o seu perfil?
Acredito ter uma boa formação, procuro estar sempre atualizada tanto nos recursos tecnológicos quanto no contato que nunca se rompeu com a Universidade.
Fale um pouco das suas trajetórias acadêmica e profissional até chegar na docência ensino superior.
Bacharel e licenciada, comecei a dar aula no ensino superior como monitora de meu orientador, porque em seguida à minha “formatura” iniciei a pós-graduação. Depois, tive a oportunidade de criar e dirigir uma escola de 1º e 2º grau, daí fui fazer pedagogia para saber bem o que estava fazendo.
Existe uma técnica para aprender a ser professor? Como é esse processo de aprender a ser professor?
Existem técnicas para isso, mas a empatia com o aluno é espontânea. Há que se ter conteúdo e paciência, os alunos sabem quando você tem prazer em ensinar.
O professor universitário assume uma grande responsabilidade e com isso grandes desafios. Ao professor do ensino superior, é atribuída a responsabilidade de formar profissionais competentes para suprir as necessidades do mercado de trabalho. Este professor precisa saber o conteúdo, conhecer os recursos pedagógicos, as novas tecnologias para compartilhar conhecimento e promover o desenvolvimento de habilidades e competências em seus alunos. Mas, como atender as expectativas e responsabilidades incumbidas a este sujeito com as deficiências e precariedades existentes no processo de formação e nas condições de trabalho dos professores universitários?
A deficiência na formação dos professores aliada à má formação dos alunos, que chegam ao 3º grau sem a menor condição de se expressar, sem bagagem cultural, sem entender o que leem, realmente é um grande desafio. Daí termos que escolher que habilidades desenvolver para que sejam minimamente competentes em suas áreas de atuação. Cada vez mais temos que selecionar e canalizar conteúdo específico. O profissional não é mais uma pessoa de vasta cultura, formamos “especialistas” que se restringem a saber desempenhar uma função específica. Dessa forma surge a necessidade de cursos de especialização, MBAs etc para dar maior embasamento e conhecimento aos futuros profissionais.
Outra questão importante: As universidades de forma especial dão grande valor à produção científica. Como conciliar mais de uma instituição de ensino, lecionando disciplinas diferentes em cursos variados, com projetos de pesquisa e extensão?
Na universidade pública, isso não acontece pois somos titulares em determinada área. Nas particulares é realmente difícil, daí a necessidade de não perdermos o contato com a “Academia”. O professor tem que se esforçar para fazer essa conciliação. É difícil mas precisa acontecer.
Por Angely Biffi
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