quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Educação sempre!

 



Estudar em Universidades é privilégio de poucos; profissionais bacharelados e até dona-de-casa incentivam seus familiares a ingressarem no caminho da educação   

No início do século XX, estudar era privilégio para poucos. Para as mulheres era ainda mais difícil, quase um sonho. A maioria das pessoas fazia apenas o primário (considerado ciclo básico) por ser mais acessível às famílias. 

Nessa época as mulheres ainda não haviam adquirido os mesmos direitos que desfrutam na sociedade moderna. E, isso dificultava sua estadia na escola. De acordo com relatos desse período, as filhas aprendiam desde cedo os afazeres domésticos: cozinhar, costurar etc. Eram verdadeiras donas-de-casa, para mais tarde serem mães. 

Estudar era considerado algo para a elite. A população mais pobre não tinha acesso e condições de frequentar escolas. As famílias costumavam ensinar seus filhos através dos ensinos religiosos. Principalmente as meninas. Já os rapazes eram incentivados a entrar no exército e seguir carreira para terem disciplina, profissão e estudo. 

Para as famílias que moravam nas cidades o acesso à educação foi se expandindo e começou a ficar mais fácil frequentar escolas. No entanto, para aqueles que viviam no campo e trabalhavam nas lavouras, o estudo era precário – essa dificuldade podemos presenciar ainda hoje. 

Outro fator importante de ser lembrado é que o ensino público daquele tempo era considerado o melhor. Frequentavam escolas públicas, normalmente os filhos dos ricos. As escolas particulares eram consideradas com um nível de ensino muito fraco comparado com o ensino público.

Incentivo à educação 

Isabel Galvão, 72, dona-de-casa, conta que estudou até a quarta série do primário porque onde morava, Itatiba-SP, não possuía escola para os demais anos. Para continuar com os estudos, teria que ir para outra cidade, ou para colégios internos, mas isso não era possível devido ao custo que acarretaria. 

“Eu e todos os meus irmãos estudamos pelo menos até a quarta série. Apenas um, o Mauro Fonseca, fez o ginásio, porque começou depois. A primeira escola que teve ginásio em Itatiba foi em 1949, ele se formou com 23 anos”, conta Isabel. 

Ela diz também, que na sua casa havia um grande incentivo ao estudo, pois já tinham tias professoras e outros parentes já formados. Sabia-se que não era fácil manter o estudo, pois naquela época as dificuldades eram bem maiores e existiam poucas universidades. Todos os que estudaram, vieram para São Paulo para terem mais oportunidades, pois nas cidades do interior mesmo vivendo no centro, as possibilidades de crescimento eram raras. 

“Eu nunca pude ajudar meus filhos com a educação, em relação a dinheiro, mas auxiliava no que podia quando estavam na escola. Depois apoiei sempre que fizessem um curso superior. Todos são formados e agora, graças a Deus vejo meus netos no mesmo caminho. Para mim é uma alegria, pois não existe nada mais importante do que o conhecimento na vida das pessoas”, diz Isabel. 

Miriam Andrade e Silva, 84, química, se formou na Universidade de São Paulo. Ela comenta que sua vida toda foi voltada para os estudos, pois naquela época já era difícil entrar em universidade pública. 

“Quando prestei vestibular havia apenas 20 vagas para o curso de química. Estudei muito e nem achava que iria passar. Os professores exigiam demais, era muito puxado”, observa Miriam. 

Ela nasceu em Maceió e veio para São Paulo com dez anos. Conta que sempre fez questão de ser a primeira aluna da sala, pois sabia que para conseguir seu objetivo era essencial estudar muito. A química atuou na área por três anos no Laboratório Matarazo, onde analisava as matérias primas. “Eu adorava estudar os compostos químicos, as tabelas periódica e muita matemática”, diz Miriam. 

Para ela, a dificuldade de entrar em universidades é a mesma de antigamente, pois as vagas sempre foram poucas e a concorrência grande. Mas acha que agora os professores são mais sossegados, antes não tinha moleza. Como sempre se preocupou com estudo incentivou ao máximo seus filhos a estudarem. “Eu tenho cinco filhos e graças a Deus todos fizeram faculdade. Dois são engenheiros, um médico, um físico e uma arquiteta”, fala com orgulho.

Seu marido Leandro Andrade e Silva, que já é falecido, também orientou muito os filhos a fazer faculdade, pois ele era médico cardiologista, formado pela USP e trabalhava no ENCOR. 

Tanto antigamente como hoje, a educação sempre dependeu dos fatores financeiros de cada família, da política que rege o país, do local que as pessoas residem, mas, acima de tudo depende do incentivo que vem de dentro de casa e da vontade individual de cada um.

De acordo com a educação que tivermos é que construiremos nossos ideais tanto para realizarmos nossos projetos pessoais e profissionais, como para incentivar outras pessoas a se especializarem naquilo que desejam. No entanto, é preciso deixar claro que esse é um caminho difícil. Muitas vezes é necessário se anular de diversões para ficar o dia inteiro estudando, até alcançar a meta.


Escrita por Angely Biffi

Matéria para a Revista da Faculdade - 20/11/2005

terça-feira, 25 de novembro de 2025

A importância da Curadoria e por que ela decide o sucesso de um chatbot

 


Para começar vou falar da importância da curadoria, vamos começar falando a verdade, no mundo real, ninguém gosta de falar com um atendimento confuso, que dá respostas desencontradas, inconsistentes, ou fora do contexto. 

E, no digital, isso não é diferente, isso vira frustração, e frustração vira abandono, retrabalho, aumento de SAC, queda de NPS e desgaste da marca. Por isso, é importante ter um bom profissional para fazer o trabalho de curadoria. Curadoria é muito mais do que revisar conteúdo.

Curadoria é garantir que o chatbot fale a mesma língua da marca. É eliminar respostas incoerentes, desatualizadas, ou inúteis.

Curadoria é manter consistência entre tom de voz, fluxos e mensagens. É revisar a lógica, as intenções, as exceções e o que acontece quando não acontece o esperado.

Curadoria é filtrar o que faz sentido e descartar o que só polui a experiência.

Curadoria é UX na sua forma mais ativa, pois questiona, conecta, ajusta e refina os conteúdos.

E, afinal qual o papel da curadoria dentro do UX Design?

Para UX Designers, especialmente, os UX Writers, que trabalham com conteúdo, a curadoria traz uma camada essencial. 

A curadoria dá consistência para o usuário encontra uma linha narrativa clara e confiável.

A curadoria traz confiança, um bot bem editado passa segurança, reduz atrito e melhora a percepção da marca.

A curadoria mostra uma acurácia relevante e evita respostas equivocadas, desatualizadas, ou perigosas.

A curadoria traz clareza, com ela você consegue deixar seus textos enxutos, diretos, pensados para reduzir esforço cognitivo.

A curadoria traz eficiência com menos ruído, menos camadas, menos retrabalho.

Uma boa curadoria é feita aos poucos, com tempo, é uma evolução contínua. A experiência não “morre” após o lançamento. Ela é acompanhada, revisada e aprimorada diariamente.

UX sem curadoria vira acumulação. Curadoria sem UX vira catalogação. Juntos, os dois constroem experiências vivas e com resultados eficientes.

A curadoria é muito importante para todos os profissionais que trabalham com conteúdo, mas para quem trabalha com chatbot, a curadoria é essencial.

Se existe uma área em que a curadoria se torna indispensável, é aqui. Chatbots são organismos dinâmicos. Eles mudam, crescem, aprendem e… erram. Por isso, é de extrema importância ter um profissional para atuar na curadoria de chatbot e fazer uma boa curadoria de chatbot inclui alguns pontos de atenção, como:

  • Revisão contínua de conversas reais: o que o usuário está dizendo? Onde o bot falha? Onde ele acerta? Sem isso, você gerencia um bot cego.
  • Estrutura clara de conteúdo: materiais organizados por categoria, intenção, macro fluxos, tags, atualizações e dependências entre respostas.
  • Governança: quem revisa, quem publica, quem monitora, quem ajusta.
  • Tom de voz consistente: nada de múltiplas personalidades dependendo do horário, ou do autor do texto.
  • Métricas e análise: quais fluxos têm mais insucesso? Quais intenções caem sempre no fallback? A curadoria é onde os insights se transformam em melhorias.
  • Correção de rotas: quando uma resposta falha, não é só editar o texto, é entender a causa, revisar o fluxo e garantir que o problema não se repita.
E, atenção! Chatbots não falham por tecnologia. Eles falham por falta de curadoria.

Sim, isso mesmo, na maioria das vezes, boa parte dos erros, quedas e insatisfações em chatbots não é falha técnica. É falta de curadoria.

Alguns exemplos de erros em chatbots, que você já deve ter visto:
  • O bot responde certo, mas com um tom frio, mecânico, ou prolixo demais.
  • O fluxo até existe, mas não conversa com o contexto do usuário.
  • A resposta é tecnicamente correta, mas não resolve a intenção real.
  • Há 10 variações diferentes de um mesmo texto, cada uma escrita por um time.
  • Atualizaram o processo interno, mas esqueceram de atualizar o bot.
  • O bot entende o pedido, mas devolve algo mal escrito, confuso, ou estranho.
Tudo isso é falta de revisão, de governança, de organização e de uma visão estratégica do conteúdo. É falta de curadoria!

Curadoria é o que evita o caos. É o que transforma um chatbot em um canal de experiência, com conteúdo útil, om uma comunicação fluida e humanizada.

No fim, curadoria é sobre ter responsabilidade com o usuário. UX Designers podem desenhar telas lindas. UX Writers podem escrever textos incríveis. Desenvolvedores podem integrar soluções complexas.

Mas, se não existir quem cuide, quem revisa, quem questiona, quem centraliza e organiza o conhecimento, tudo isso desmorona.

O usuário não vê fluxos, documentação, ritos internos. Ele vê o que aparece na tela e a resposta que recebe.

E essa é a grande verdade, o chatbot é a face mais exposta de uma marca.

E a curadoria, o curador é quem garante que essa face seja incrível e confiável.

Pense nisso! Não adianta ter um bom chatbot, se não tiver um bom profissional nos bastidores para fazer o show acontecer. 


Escrita por Angely Biffi
25/11/2025


segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Bots Cognitivos x Bots Generativos


Qual o melhor caminho para experiências conversacionais?

Se você trabalha com UX, comunicação ou design de produtos digitais, já deve ter se deparado com a crescente demanda por experiências conversacionais mais inteligentes. E com a popularização dos modelos de linguagem (LLMs), como o ChatGPT, a dúvida virou pauta em muitas squads: devemos investir em bots cognitivos, ou generativos?

Como UX Writer que já trabalha há alguns anos com chatbots, quero compartilhar uma visão prática sobre os benefícios e riscos de cada abordagem, e como isso impacta diretamente na experiência do usuário.

Os bots cognitivos são como assistentes bem treinados: seguem regras, entendem intenções específicas e operam dentro de fluxos definidos. Eles usam NLP (Processamento de Linguagem Natural) para interpretar comandos e responder com consistência.

Os bots cognitivos apresentam os seguintes benefícios:

⦁ Consistência nas respostas, são ideais para jornadas críticas e reguladas.

⦁ Controle total do conteúdo, cada palavra é aprovada e testada.

⦁ Menor risco de respostas inadequadas, evita improvisos.

E quais são os riscos dos bots cognitivos?

Ele tem algumas limitações de contexto: não entendem todas as situações, ou perguntas fora do script.

A experiência dele pode ser um pouco engessada e pode soar robótico e pouco empático.

Esse bot tem uma escalabilidade limitada, exige manutenção constante de intenções e regras.

Já o bot generativo apresenta mais fluidez e adaptabilidade as situações, eles são movidos por IA e modelos de linguagem que criam respostas em tempo real com base em grandes volumes de dados e contexto conversacional. 

Os bots generativos apresentam os seguintes benefícios:

⦁ Conversas mais naturais e fluidas, ideal para interações abertas.

⦁ Alta capacidade de adaptação, entendem variações de linguagem e contexto.

⦁ Escalabilidade, menos dependente de fluxos manuais.

Agora, vou listar os riscos que os bots generativos ainda podem apresentar:

⦁ Imprevisibilidade, eles podem “alucinar” e inventar informações.

⦁ Desafios de governança, exigem monitoramento constante e curadoria.

Então, qual a melhor opção, qual escolher?

A resposta simples e curta é depende.

Mas, também existe a possibilidade da resposta longa e mais elaborada, depende do objetivo do produto, do nível de risco aceitável e da maturidade da equipe. Em contextos regulados, como bancos, ou saúde, bots cognitivos ainda são a escolha mais segura. Já em produtos voltados para suporte, educação, ou entretenimento, os bots generativos podem oferecer uma experiência mais rica.

O que podemos fazer é escolher as duas opções no primeiro momento. O caminho do meio, uma abordagem híbrida, usar bots cognitivos para fluxos críticos e bots generativos para interações mais abertas. Assim, equilibramos controle e fluidez, sem abrir mão da segurança nem da experiência.

E o mais importante para decidir a melhor opção para o seu negócio, ou cliente, lembre-se sempre que o foco principal precisa sempre ser o usuário e sua melhor experiência.


Escrita por Angely Biffi

27/10/2025

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Inclusão e acessibilidade na Era da IA e o papel do UX na construção de experiências universais

 


Nos últimos anos, a Inteligência Artificial deixou de ser futuro para se tornar presente. Ela já está em assistentes virtuais, sistemas de recomendação, ferramentas de tradução e até no reconhecimento facial. Mas, junto com todas essas inovações, surge também um desafio enorme: como garantir que esses sistemas sejam realmente universais e inclusivos?

A resposta passa por um ponto essencial para quem trabalha com UX e design: acessibilidade digital.

Acessibilidade em UX é mais do que requisito, é base para se fazer um bom projeto.

Quando falamos em acessibilidade, estamos falando de criar produtos que qualquer pessoa possa usar, independentemente de limitações físicas, cognitivas, sensoriais ou situacionais. Na prática, isso significa garantir que o produto seja:

  • Perceptível: o conteúdo precisa ser acessível de diferentes formas (texto alternativo em imagens, legendas em vídeos, contraste adequado entre fundo e texto).
  • Operável: a navegação deve acontecer sem barreiras (uso de teclado sem depender do mouse, botões maiores e clicáveis, controle sobre tempo de execução de conteúdos).
  • Compreensível: a interface deve ser clara e previsível (linguagem simples, mensagens de erro úteis, consistência visual).
  • Robusto: o sistema deve funcionar em diversos dispositivos, navegadores e tecnologias assistivas, garantindo compatibilidade a longo prazo.

Esses pilares não só facilitam a vida de quem tem uma deficiência, mas também melhoram a experiência de todos os usuários.

E precisamos ter a IA ao nosso lado, ela deve ser ponte, não barreira para o UX e principalmente para os usuários daquele serviço.

Por isso, temos que ficar atentos, pois o maior risco da Inteligência Artificial está em ampliar desigualdades quando não é pensada de forma inclusiva. Exemplos reais já mostraram isso:

  • Sistemas de reconhecimento facial com menor precisão para pessoas negras, ou asiáticas.
  • Chatbots que não entendem pessoas com fala não padrão, exemplo que tem gagueira.

Por outro lado, a IA tem um potencial imenso de transformar a acessibilidade:

  • Leitura automática de textos para deficientes visuais;
  • Tradução em tempo real;
  • Reconhecimento de voz para navegação hands-free;
  • Análise de imagens para descrição de conteúdo.

Ou seja, tudo depende de como projetamos e testamos essa tecnologia. Ela está aí para ser nossa aliada, mas é necessário saber usá-la de forma coerente e pensando sempre na universalidade, acessibilidade para englobar o maior número de pessoas possíveis em seu sistema.

E, se queremos que a IA seja uma ponte para a inclusão, precisamos considerar alguns princípios no design:

  • Representatividade nos dados: treinar modelos com diversidade de idades, gêneros, etnias, sotaques e condições de acessibilidade.
  • Design universal desde o início: acessibilidade não pode ser um “extra”, mas sim parte da concepção do produto.
  • Multicanal e multimodal: permitir interações por texto, voz, gestos ou toques.
  • Transparência e explicabilidade: mostrar ao usuário por que a IA tomou uma decisão.
  • Ajustes e personalização: permitir configurações de contraste, tamanho de fonte, velocidade da fala, entre outros.

E você já parou para pensar qual é o papel do UX Writer e do Designer nesse momento, nessa construção para que o projeto seja feito com acessibilidade?

Para nós, profissionais de UX, o desafio é transformar tecnologia em experiência significativa e inclusiva. Isso envolve:

  • Escrever textos claros e acessíveis;
  • Garantir que assistentes virtuais adaptem sua linguagem ao nível de conhecimento do usuário;
  • Incluir pessoas com deficiência nos testes de usabilidade;
  • Prever feedbacks alternativos quando a IA falhar.

É aqui que entra também o conceito de design responsivo cognitivo: não basta que a interface se adapte à tela, ela precisa se adaptar ao nível de compreensão de quem a utiliza.

Então, se bem usada, a IA não será mais uma barreira, mas sim a própria ponte para a inclusão. Imagine:

  • Assistentes que descrevem imagens em tempo real para cegos;
  • Ferramentas que convertem voz em texto instantaneamente para surdos;
  • Tradução de Libras em tempo real;
  • Conteúdos personalizados que respeitam cultura, ritmo e contexto de cada usuário.

A união entre UX e IA tem potencial para criar experiências mais inclusivas do que nunca. Mas isso exige intencionalidade no design, testes contínuos e compromisso com a diversidade.

Como disse Steve Jobs: “Só há verdadeira inovação quando a tecnologia é acessível a todos”.

E no fim, não é justamente esse o nosso papel como profissionais de UX? Criar caminhos para que ninguém fique de fora.

Esse é o futuro que podemos e devemos construir. Precisamos estar atentos e lutar por essa inclusão, por essa acessibilidade em nossos projetos.


Escrita por Angely Biffi

02.09.2025


sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Mergulhando no mundo da Engenharia de Prompts

Se tem uma coisa que 2025 está me ensinando é saber conversar com a IA. Essa é uma soft skill essencial hoje em dia, tipo saber usar o Pacote Office.

Então, resolvi fazer o curso “Engenharia de Prompts com IA: do Zero ao Avançado”, na Udemy. E, foi uma ótima experiência! Vou te contar um pouquinho aqui o que aprendi nesse curso e quem sabe meus aprendizados e descobertas te ajudem a entender um pouco mais sobre IA e prompets.

Primeiro ponto importante para começar a falar com a IA é saber falar com clareza. Então, não adianta reclamar da resposta da IA se eu não sou clara no pedido.

Para iniciar um bom prompt é preciso pensar em alguns argumentos:

  • Qual é o contexto?
  • Qual é o objetivo?
  • Como quero que a resposta venha? (lista, tabela, texto…)

Simples né! Mas, apesar de simples, esses itens farão uma grande diferença na resposta que você vai obter da IA, pois a partir do momento que você apresenta mais informações para a IA mais qualidade e mais personalização você garante em suas respostas.

E, claro quando você começa a estruturar seus prompets, mesmo que seja uma estrutura básica, como essa que apresentei a cima, para pedir o conteúdo que deseja o resultado vai sempre melhorando absurdamente. É como dar um mapa para IA em vez de deixá-la adivinhar onde quer chegar.

Seguindo esse raciocínio de sempre melhorar os prompets e obter conteúdos mais ricos e elaborados, também precisamos aprimorar as técnicas que serão usadas para criar esses prompets.

E aí veio a parte que me deixou bem empolgada, as técnicas avançadas. E o que são essas técnicas avançadas? Vou te mostrar o que aprendi:

  • Prompt iterativo: vai ajustando a resposta em etapas.
  • Few-shot: ensina com exemplos curtos.
  • Role play: você pede para IA assumir papéis específicos, por exemplo: seja um especialista em tecnologia.
  • Chain of thought: aqui você guia a IA em processos mais complexos, pede para ela criar um passo a passo, uma lista de opções. É um pensamento em cadeia, em etapas.

Essas técnicas abriram minha mente para usar a IA de um jeito mais estratégico e criativo.

Para finalizar posso dizer que o curso me mostrou que a IA não é só pra “brincar de escrever texto rápido”.

E, sim que podemos usar para tudo! E, principalmente usar a nosso favor! 

Aqui deixo alguns exemplos do que podemos fazer com a IA em nosso dia a dia: 

  • Criar microcopys em brainstorms.
  • Organizar roteiros de teste de usabilidade.
  • Planejar conteúdos e até revisar textos com uma “segunda opinião”.

E, assim sobra mais tempo para eu focar no que só um humano consegue fazer de verdade, pensar na melhor experiência do usuário.

No fim, o maior aprendizado foi que a IA só é boa quando a gente sabe pedir do jeito certo.

Ela não substitui minha criatividade, mas ajuda a desbloquear ideias e acelerar processos. É tipo ter um assistente criativo, sempre pronto para ajudar, desde que se saiba explicar direitinho o que precisa ser feito.

E, para quem vive no mundo do UX, como eu, aprender a conversar com a IA é só mais um jeito de entender melhor as necessidades de cada cliente, de cada usuário, entender melhor os processos, e o eu que posso utilizar em cada situação.

Deixe a IA ser sua amiga!  


Escrita por Angely Biffi 

22/08/2025

segunda-feira, 14 de abril de 2025

O poder dos emojis na escrita digital



Em um mundo cada vez mais digital, a forma como nos comunicamos tem evoluído rapidamente, especialmente no ambiente de chatbots e interfaces do usuário.

Nesse contexto, o uso de emojis veio como uma estratégia eficaz para humanizar, simplificar e melhorar a comunicação. Os emojis não são elementos apenas decorativos, eles têm um papel crucial na forma como as mensagens são percebidas e interpretadas. Muitos estudiosos já trabalharam sobre o impacto dos emojis e constataram que eles são poderosos atalhos cognitivos que podem aumentar a eficiência da comunicação digital, reduzindo o esforço cognitivo e facilitando a compreensão de informações complexas.

Mas, no dia a dia quais são os benefícios dos emojis para o trabalho de um UX Writer? O uso de emojis pode trazer diversos benefícios e facilitar o trabalho de quem escreve, aqui vou mostrar alguns pontos positivos quando usamos emoji de maneira correta nas diversas comunicações:

  • Atração e atenção: mensagens que incluem emojis não são apenas visualmente mais atraentes, mas também têm o poder de captar a atenção do usuário com mais eficácia. Estudos comprovam que emojis conseguem gerar uma excitação emocional, tornando o conteúdo mais envolvente e de fácil leitura. Eles ajudam a destacar informações importantes de maneira sutil, mantendo o usuário interessado por mais tempo. A presença dos emojis pode ser decisiva para que um usuário se sinta motivado a continuar a interação. 
  • Redução do esforço cognitivo: emojis funcionam como atalhos cognitivos, facilitando a compreensão do conteúdo, mas para isso precisam estar bem empregados. Dessa forma, eles servem como indicadores visuais que complementam o texto, oferecendo pistas imediatas sobre o contexto da mensagem. Isso ajuda o usuário a processar informações de forma mais rápida e eficaz, diminuindo o esforço mental necessário para interpretar a mensagem e permitindo uma interação mais fluída. 
  • Contágio emocional: outro grande benefício do uso de emojis é sua capacidade de influenciar os estados emocionais dos usuários. Eles não apenas adicionam um toque de empatia e humanidade à comunicação, mas também podem suavizar o tom de uma mensagem, que de outra forma poderia ser interpretada de maneira mais fria, ou formal. Emojis podem transmitir sentimentos de felicidade, ou tristeza, o que ajuda a construir uma conexão emocional mais forte entre o chatbot e o usuário.
Agora, um ponto importante! Como fazer o bom uso dos emojis na sua escrita? Embora os emojis tragam muitos benefícios, é fundamental usá-los com cautela e de forma estratégica. Vou mostrar algumas dicas para facilitar e garantir o uso eficaz de emojis em interfaces de chatbot.

Primeiro ponto que se deve pensar quando você vai usar emojis é no contexto e na relevância, os emojis devem ser usados de forma contextualmente relevante. Eles devem adicionar valor à mensagem e não desviar a atenção, ou criar confusão. Evite o uso excessivo de emojis, que pode sobrecarregar o usuário e diminuir a clareza da comunicação.

Outro ponto importante, que comecei a mencionar na mensagem anterior e detalho mais agora, é ter clareza e objetividade na hora de usar os emojis juntamente com o seu texto. Os emojis devem complementar o texto e não substituir a informação. Seu objetivo é reforçar a mensagem e ajudar na compreensão do conteúdo. Usá-los de maneira objetiva ajuda a garantir que o usuário compreenda a mensagem de maneira clara.

Também precisamos pensar na consistência, no momento em que estamos criando as mensagens e utilizando emojis. Manter a consistência no uso de emojis ao longo da interação. Isso cria uma experiência mais coesa e ajuda o usuário a se familiarizar com o significado e a função de cada emoji, tornando a comunicação mais intuitiva.

Um bom uso, por exemplo, é quando você usa um coração amarelo no fim das suas mensagens para mostrar que aquela cor tem a ver com a cor da sua marca e simboliza uma característica da sua persona, você cria no usuário uma proximidade, uma consistência e uma marca no seu chatbot.

E, claro realizar testes e mais teste, como toda estratégia de design, o uso de emojis deve ser testado e ajustado com base no feedback dos usuários. Realizar testes A/B para entender quais emojis funcionam melhor com seu público alvo é uma prática recomendada. Isso permite que você refine a estratégia do uso de emojis, garantindo que eles cumpram seu papel de forma eficaz. É importante que os emojis façam sentido para o seu público.

Por fim, agora que já sabemos da importância os emojis na comunicação digital, ainda assim, é essencial considerar alguns aspectos na hora de utilizá-los:

Crie sua mensagem, utilize a pontuação correta para finalizá-la, como ponto final, exclamação, interrogação e só depois use o emoji. Ao colocar o emoji ao final da frase, ele não concorre com a mensagem principal, e sim a complementa de forma natural. É sempre aconselhável usá-los apenas após a pontuação (se houver), justamente para reforçar a ideia de complemento. Além disso, garante que a frase tenha uma estrutura gramatical correta, facilitando a leitura.

Evite usar emojis no meio das frases, colocar emojis no meio das frases pode prejudicar a experiência dos usuários, principalmente para aqueles que dependem de leitores de tela. Para garantir a acessibilidade, os emojis devem sempre ser colocados ao final da frase, ou no início dependendo do contexto.

Fique atento ao contexto e duplo sentido na hora de usar emojis, pois alguns emojis podem ter significados ambíguos, dependendo do contexto cultural. Isso pode gerar confusão e prejudicar a clareza da mensagem. Certifique-se de que o emoji usado seja apropriado para o seu público alvo.

Por fim, pense sempre na acessibilidade, ao utilizar emojis, é essencial garantir que a experiência seja acessível a todos os usuários, incluindo aqueles com deficiências visuais ou cognitivas. Pense sempre muito bem no conjunto da situação, elabore bem o seu texto e use os emojis de maneira adequada. O uso excessivo pode dificultar a navegação, ao invés de ajudar o usuário.

Para concluir, precisamos refletir que os emojis tem siso um grande aliado na hora de escrever, é uma ferramenta poderosa para melhorar a experiência do usuário, pois cria interações mais naturais, empáticas e envolventes. Mas, isso precisa ser feito de maneira estratégica e consciente, assim os emojis podem melhorar sim a comunicação e reduzir o esforço cognitivo, e ainda, podem até influenciar positivamente o estado emocional dos usuários.

Mas, como qualquer outra ferramenta, os emojis devem ser usados com discernimento, levando em consideração o contexto, a consistência e a acessibilidade, tudo o que mencionei anteriormente. Seguindo esses pontos principais na hora de juntar seu texto com emojis, você vai conseguir aproveitar todo o potencial dos emojis e criar experiências digitais mais eficazes e humanas.


Escrito por Angely Biffi
07/04/2025

quinta-feira, 27 de março de 2025

Inovação Digital: User Experience, Inteligência Artificial e Gamificação

 



Recentemente eu fiz um curso onde abordava esses três temas: User Experience, Inteligência Artificial e Gamificação. Achei muito interessante e necessário esse curso para o novo momento que estamos vivendo, pois consegui compreender que uma boa experiência do usuário precisa sempre estar em movimento, precisa ser inovada e a Inteligência Artificial e Gamificação vieram para complementar e melhorar essa trajetória na experiência do cliente.
A partir desse estudo, resolvi colocar no papel alguns dos pontos mais interessantes e importantes para explicar um pouco sobre esse novo movimento, essa nova tríade: User Experience, Inteligência Artificial e Gamificação.

Nos últimos anos, a interseção entre User Experience (UX), Inteligência Artificial (IA) e Gamificação tem revolucionado a forma como interagimos com produtos e serviços digitais. Esses três pontos, quando combinados estrategicamente, proporcionam experiências mais fluidas, engajadoras e personalizadas para os usuários.

A Experiência do Usuário vai além de uma interface bonita; trata-se de como o usuário percebe e interage com um sistema. Um design bem pensado, aliado a uma comunicação eficiente torna a navegação intuitiva e funcional, evitando frustrações e melhorando a retenção, o resultado.

A Inteligência Artificial e a personalização permitem um entendimento profundo do comportamento do usuário, analisando seus padrões de interação e oferecendo experiências personalizadas. Algoritmos de aprendizado de máquina ajustam conteúdo, sugestões e fluxos de navegação conforme as preferências individuais, tornando a jornada digital mais relevante.
A Gamificação veio para motivar o usuário, usando elementos de jogos, como recompensas, desafios e rankings, tornam a experiência mais engajadora. Empresas que utilizam a gamificação criam um ambiente de interação que incentiva a participação ativa, reforça comportamentos desejados e aumenta a satisfação do usuário.

E o futuro da interação digital está na convergência entre esses três itens: UX, IA e Gamificação e essa união é a tendência que deve se intensificar e melhorar a experiência do usuário. À medida que a tecnologia avança, as interfaces se tornarão mais intuitivas, a personalização será ainda mais refinada e os elementos de gamificação serão parte essencial da experiência digital.

As empresas que souberem explorar essa combinação de forma estratégica terão uma vantagem competitiva e significativa, criando experiências memoráveis e impulsionando o engajamento dos usuários de maneira inovadora.
 
Escrita por Angely Biffi
27.03.2025

Educação sempre!

  Estudar em Universidades é privilégio de poucos; profissionais bacharelados e até dona-de-casa incentivam seus familiares a ingressarem ...