O vegetarianismo teve o início por volta de 580 a .C. e o “pai” desse
movimento foi o matemático e filósofo grego Pitágoras. Os seguidores dessa
prática eram chamados de Pitagóricos até a fundação
da Sociedade Vegetariana Britânica em 1847, após essa data, começaram a ser
chamados de vegetarianos, por conta do latim vegetus que significa “forte”, vigoroso”, “saudável”. A dieta
vegetariana define-se como a prática de não comer carne (aves, peixe, ovelha) e
nem seus subprodutos (embutidos, gelatinas), nada que implique a morte de
qualquer animal.
Dentro do vegetarianismo encontramos
subdivisões, vários grupos de pessoas que seguem de maneira diferente e com restrições
maiores ou menores a dieta vegetariana. Esses grupos são: Ovo-lacto-vegetarianismo, Lacto-vegetarianismo,
Veganismo, Semi-vegetarianismo,
Crudivorismo, Frugivorismo e Freegano.
Para compreendermos
melhor o mundo dos vegetarianos vamos conversar com Roberta Almeida, 25,
estudante de química, nas Faculdades Oswaldo Cruz, vegetariana há 10 anos.
Roberta é apaixonada pela natureza, animais e muito ligada a forças naturais,
isso fez com que ela começasse a observar o mundo com outros olhos e inicia-se
a vida vegetariana.
A estudante comenta sobre o movimento
vegetariano no Brasil que ainda está amadurecendo muito aqui, por isso, dentro
da própria comunidade vegetariana existem divergências de pensamento e opiniões
e isso tem criado diversas vertentes dentro do movimento. Isso é muito
importante para esse amadurecimento, mas essas diferenças podem atrapalhar o
objetivo maior, que é difundir o vegetarianismo. Divergência de pensamento é
muito saudável desde que não haja segregação.
Roberta pertence ao grupo Ovo-lacto-vegetarianismo que é a forma mais popular de vegetarianismo,
não consome nenhum
tipo de carne, porém em sua dieta inclui ovos, leite e
derivados, como queijo, iogurte. A vegetariana explica as outras segmentações
que existe e a sua escolha por uma específica. Os Lacto-vegetarianismo possuem uma dieta vegetariana que
não inclui nenhum tipo de carne, ovos e mel, mas inclui leite e derivados. Já o
Veganismo exclui todos os produtos de origem animal, carnes, peixes, aves,
laticínios, excluem ovos, mel, gelatina. Os veganos evitam o uso de couro, lã e
de outros produtos de origem animal, como óleos e secreções presentes em
cosméticos. O veganismo é um estilo de vida, mas é quase impossível ser 100%
vegano. Outra forma de dieta é o Semi-vegetarianismo, essa alimentação
elimina a carne vermelha, mas a carne de aves, peixes e derivados dos animais é
consumida normalmente. Existe também o Cruvodorismo não consumem nada de origem
animal, os alimentos não são cozidos, porém isso não significa que os alimentos
são apenas comidos crus, normalmente são desidratados, comem também frutos
frescos e secos, vegetais, sementes, grãos germinados e algas.
Outra prática é
a de Frugivorismo, alimentam-se somente de frutas cruas ou cozidas. A última
segmentação seria a Freegano, considerado o grupo mais radical, porque se
recusam a comprar qualquer tipo de alimento, consomem o que encontram no lixo.
Acabam sendo mais flexíveis na alimentação já que não vêem barreiras para comer
produtos animais que foram jogados fora, eles apenas evitam dar dinheiro as
empresas que exploram animais.
Nascida em São
Paulo (SP), moradora da Pompéia, tendo uma origem familiar de classe média,
Roberta Almeida, escolheu seguir um grupo mais popular de todos os que existem
no vegetarianismo, pois acretida que esse condiz com suas crenças e por ser o mais
simples ela consegue conviver normalmente com as demais pessoas que faz parte
da sua vida. Como estudante ela busca conquistar seus ideais, sem esquecer de
seus princípios e dessa maneira se possível levar o vegetarianismo para as
outras pessoas, sem ser piegas.
Roberta finaliza
com uma citação de Pitágoras, pai do vegetarianismo: “Enquanto
os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que
semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor.”
Escrita por Angely Biffi
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