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ÔNIBUS TURÍSTICO NÃO TEM ONDE PARAR EM SÃO PAULO

Pela Lei Municipal do Fretamento, a Prefeitura de São Paulo deveria criar locais de estacionamento para permitir o embarque e o desembarque de passageiros. No caso dos pontos turísticos da Capital o problema continua longe de uma solução. Turistas não têm pontos onde os ônibus possam parar para fotografias, nem onde possam desembarcar com segurança para conhecer os locais aprazíveis da cidade.

Segundo a SPTuris, São Paulo é o maior destino turístico do país, com 11 milhões de visitantes ao ano. “É essencial aprimorar cada vez mais a qualidade dos serviços para manter o crescimento e atingir a excelência para receber bem o turista durante sua passagem pela cidade para que São Paulo”, salienta Caio Carvalho, presidente da Empresa de Turismo e Eventos da Cidade São Paulo.

A Prefeitura da capital paulista impôs em julho de 2009 novas regras para circulação, parada e estacionamento dos ônibus de fretamento dentro da cidade de São Paulo. Desde o início da Lei nº 14.971/2009, os ônibus de fretamento foram obrigados a cumprir as exigências da Prefeitura, e ficaram sujeitos à fiscalização e multas, em caso do descumprimento da legislação. Mas, para que os profissionais de transportes trabalhem de forma adequada, a Prefeitura também precisa cumprir sua parte na regra do jogo, disponibilizando locais apropriados para o embarque e desembarque dos passageiros, principalmente, nos pontos turísticos da cidade.

Nos pontos de grande fluxo de turistas na cidade de São Paulo, as vagas para ônibus turísticos praticamente inexistem e isto vem causando problemas para passageiros e transportadores do chamado transporte eventual. “Todo o setor de ônibus de fretamento de turismo está enfrentando dificuldade em trabalhar sem multas, devido à falta de pontos de embarque e desembarque nos locais turísticos”, afirma Maurício Rocha da Silva, diretor comercial da AS Transportes e Turismo.

Maurício explica que a escassez de vagas para ônibus turísticos causa várias dificuldades que prejudicam o turismo de lazer e negócios da cidade. “Temos que ficar rodando, contratando estacionamentos particulares para podermos deixar os ônibus, mas isso não é seguro. Além disso, é responsabilidade da Prefeitura organizar e oferecer locais para nós estacionarmos”, comenta.

“Para o turista é horrível ter que ficar em qualquer lugar, ser deixado às pressas em lugares que nem conhecem ou ter que subir correndo no ônibus, porque não temos permissão para parar. Marcar horário com o passageiro também não é uma boa opção, porque se chegamos antes do horário marcado não podemos ficar esperando, pois estamos sujeitos à fiscalização que nos multa por parada proibida”, informa o diretor comercial da AS Transportes e Turismo.

Apesar de todos esses argumentos e das dificuldades que as transportadoras turísticas e turistas estão sofrendo, a Prefeitura ainda não tem previsão de quando e onde serão feitos os pontos de embarque e desembarque. “Gostaríamos de mais agilidade do poder público na implementação de uma solução viável para todos”, reforça Regina Rocha, diretora executiva da FRESP - Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo.

O empresário Maurício Rocha acredita que com a criação de vagas de estacionamento em pontos turísticos como: Teatro Municipal, Pátio do Colégio, Prédio da Prefeitura de São Paulo, MASP e outros museus, Catedral da Sé, Parque do Ibirapuera e outros, Praça da República, estádios de futebol e outros locais aprazíveis, o turismo de lazer em São Paulo pode crescer ainda mais. Hoje, na cidade de São Paulo são realizados mais de 90 mil eventos por ano e 75% das maiores feiras do País nos vários centros de exposição disponíveis. Esse mercado movimenta R$ 2,4 bilhões por ano – R$ 700 milhões em locação de espaço, R$ 700 milhões em equipamentos para serviços e R$ 8 bilhões em viagens, hospedagem e transporte terrestre e aéreo.

Escrita por Angely Biffi
Link Comunicação

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